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Responsabilidade e tolerância são diferenciais

Para a psicóloga Luciana Gusmão, do Instituto de Análise do Comportamento em Estudos e Psicologia (Iacep) em Londrina, os idosos têm hábitos e padrões de comportamentos que muitos profissionais mais novos não apresentam.

Para a psicóloga Luciana Gusmão, do Instituto de Análise do Comportamento em Estudos e Psicologia (Iacep) em Londrina, os idosos têm hábitos e padrões de comportamentos que muitos profissionais mais novos não apresentam. "[Comportamentos como] Compromisso, seriedade, responsabilidade e tolerância. Estamos vivenciando hoje esse resgate da tradição e sabedoria das pessoas mais velhas, mas é claro que é indispensável a integração disso com a prática e a aquisição de novos conhecimentos", salienta.

Ela, que atua na formação, aprimoramento e autonomia ativa dos idosos, incluindo as relações com o trabalho, ressalta que a sociedade ainda tem como um grande desafio olhar para os idosos sob um novo paradigma. "Isto é, como pessoas autônomas, capazes, independentes e produtivas. Não se deve olhar mais só para o trabalho clínico, de prevenção, mas para as formas de usufruir o máximo possível de todas as potencialidades deles", diz.

Rosa Maria Maia, psicóloga e coach especializada em reinserção de pessoas da terceira idade no mercado de trabalho, da Senior Concierge, acrescenta que "quando o idoso percebe que pode contribuir com o mercado de trabalho, encontra nova motivação e propósito, o que permite olhar para si mesmo de forma mais positiva, atitude que o transforma em um novo profissional, uma pessoa mais segura e feliz".

Ainda de acordo com Luciana, o importante para o idoso é se manter ativo, visando não só a autonomia, mas a promoção da saúde física e psicológica. Quem sabe muito bem disso é a londrinense aposentada Elizete Rosmari Jóia. Aos 63 anos, ela resolveu voltar à sala de aula, mas dessa vez para aprender um novo idioma. "Sinto necessidade de fazer algo, de trabalhar a memória e a concentração. Estudar em grupo e aprender o inglês são uma forma de me manter ativa e saudável", diz.

A professora Andrea Fructos, proprietária do Instituto Espanhol Londrina, revela que cerca de 20% dos alunos tem acima de 60 anos e encontra nos cursos aprendizado associado ao prazer. "Aprender um novo idioma trabalha não só a memória, mas a autoestima, ao mesmo tempo que proporciona o convívio social", finaliza.(M.O.)

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